Jo 18:1-13.
Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim; e aí entrou com eles. E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos. Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas. Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes; para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste. Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no e o conduziram primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
Como devemos agir e reagir em momentos de stress? No texto que temos vemos Jesus vivendo esta tensão. No verso 3, vemos Jesus sendo traído por um dos seus, com uma perspectiva política, já que Judas estava decepcionado por Jesus não estabelecer seu reino da forma como ele esperava. Quando alem não faz o que eu espero como reajo? No verso 6 podemos perceber o medo das pessoas que estão naquele contexto. No verso 10 vemos Pedro lançando mão de uma arma e ferindo um soldado. Quantas vezes em meu coração, já não desejei o mal para o meu próximo. No verso 12 vemos Jesus sendo algemado, e ainda vemos abuso de poder. Nos versos 15, 25 e 26 vemos covardia e negação. No verso 14, vemos o nepotismo, ou seja, Anás, o sumo-sacerdote, colocando no poder sua família, Nos versos 19 e 20, vemos uma manipulação de julgamento, portanto manipulação da justiça. No verso 22 vemos um ato de violência policial. Ao olhar para todas estas cenas me pergunto: “Qual a diferença da nossa sociedade para aquela?”. Esse era o ambiente no qual Jesus viveu e no qual vivemos. Jesus estava vivendo momentos de profunda tensão. A situação de Jesus era extremamente tensa. Todos os atos de violência que encontramos estavam acontecendo com Ele e nEle. Diante de tudo isso, como Ele reagiu? Como podemos reagir em momentos que consideramos tensos? Será que podemos aprender alguma coisa com Jesus numa situação como esta? Creio que sim. Todos nós passamos por momentos difíceis. Vamos perceber três princípios que Jesus viveu neste trecho de sua vida. Jesus sabia que seria preso, torturado, injustiçado, humilhado e morto, no entanto, para onde Ele foi naquela noite? Para o Getsêmani, o jardim para onde Ele sempre ia. O que temos é princípio bíblico da ansiedade. Jesus falando sobre ansiedade não estava recomendando que você não fique preocupado porque não acontecerá o que você está imaginando, mas sim que os males vão acontecer e a preocupação deve ser na ocasião oportuna. Não se perturbem o vosso coração credes em Deus credes em Mim! Em outro lugar lemos: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo (Jo 16.33). O mais interessante na vida de Jesus é que apesar de saber o que ia acontecer, Ele enfrentou esta situação de modo seguro. Se você está certo de que vai passar por dificuldades, observe o texto Jesus não sobrecarregou os outros com seu próprio sofrimento ou stress. Não podemos estar vivendo uma experiência de tensão em um campo de nossa vida e levar esta tensão para outros campos. Quando estamos vivendo uma situação difícil, temos a tendência de ao invés nos deixarmos ser aliviados, tratados e curados pelas pessoas à nossa volta, nos voltamos contra elas e descontamos nelas. Ao invés de desfrutar da bênção do que estas pessoas podem fazer por nós, nos tornamos uma maldição na vida delas. Por fim, quando Jesus enfrentou essas situações de hostilidades, injustiças, traições e ofensas, com dignidade. Ele manteve sua própria dignidade e a das pessoas que estavam à sua volta.